terça-feira, 29 de março de 2011

Próxima estação, Clínicas

Uma vez que desci a escada e esperei o trem naquela estação, chegou um moço atrapalhado segurando um papel na mão. O que estava escrito lá? Impossível de saber, mas devia ser uma coisa boa, muito linda de se ver. Sentado em silencio com seus óculos escuros, moço jovem bem vestido, me fez pensar que era um papel de estudos. Ouvindo musica ele estava o que me fez perceber, que na outra mão segurava outra coisa, e essa não era para se ler. Quando o metrô para todos saem na estação paraíso, uma mulher lhe deu a mão e os dois abriram sorrisos, ela também usava óculos, mas aqueles não eram para enxergar, os dois não precisam de olhos quando podem se amar.  O que aquele papel tinha? Foi lindo de olhar, enquanto muitos podem ver e não sentem compaixão, aquele casal de cegos andara até um músico que tocava e lhe deram o papel em sua mão, nele estava grampeado uma nota de 10 reais, Obrigado meu rapaz, quando ouvimos a sua música é como se pudéssemos enxergar o nosso amor.  Juliana Peccinini

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